Letter from Bia d’Ideal

              19 deste mês               a barlavento das almas que sabiam Junzin! até na boca de Soncente Bô nome agora ê Vário ô T. Thio Thiofe                   E Corsa de David dzê C’ma bô ê um negro negro greco-latino                   Ma! dvera dvera As ondas             já trepam                  os degraus do teu poema […]

Emigrant

Todas as tardes o poente dobra             o teu polegar sobre a ilha E do poente ao polegar             cresce             um progresso de pedra morta Que a Península                           Ainda bebe Pela taça da colónia Todo o sangue do teu corpo peregrino Mas quando a tua voz             for onda no violão da […]

When Morning Breaks

Ó Konde Ó Konde palmanhã manchê Konde note ftcha ftchode E palmanhã manchê C’pê plantode na tchon E terra na coraçon Konde sangue rasgâ na corpe Arve de broçe aberte E smente gritâ na rotcha Tambor de boca verde E daquel som Ma quell sangue soldode Nascê boca boca centrodeboca rasgodeNa roda de sol Ó […]

The Caesarean of Three Continents

Antes da moeda do corpo Ao capital da alma Antes da luz no mar da memória E da pedra & vento na erosão do rosto Éramos no verão da terra A semente sem primavera Éramos a exclamação Do lon na lonjura Dando Pernas aos montes E braços às montanhas Dando face & sentido Às dunas […]

Postcards from the High Seas

I Crioula ! dirás ao violão Da noite e à viola do madrugar Que és noiva e morena             com Lela em Roterdão Jamais venderás pela cidadela             De porta em porta A sede de água doce que balouça             Em latas de folha-de-flandres II De manhã Nevava sobre as têmporas d’Europa A lâmpada da […]

Corsino Fortes

Corsino Fortes’s first book Pão & Fonema [Bread & Phoneme] which appeared in 1974 made an immediate impact. 1974 was a momentous year for Portugal and its African colonies as it was the year in which Portugal’s dictator Salazar was overthrown, an act which began the process that led to the decolonisation of the Cape […]

Translating Corsino Fortes

Prize-winning translator, Daniel Hahn, writes about how he approached translating Corsino Fortes’s poems with Sean O’Brien. This was Daniel’s first experience of translating poetry, and his first as a co-translator and he’s very interesting on how he felt his role was to ‘defend’ the original poems.